quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Ah, 2014, seu ano mais do que maroto e maluco. Tantas alegrias, tristezas e revoltas você me proporcionou. Lembro do primeiro dia do ano, passei com meu irmão, minha cunhada, meus pais e a família da minha cunhada. Foi tão bom, ainda tenho o gostinho da meia-de-seda que mamãe fez com o pêssego em caldas, leite condensado e champanhe. Lembro das brigas que tive, e que não gostei em nada, com minha irmã e com muitas amigas.
Mas eu também ri e brinquei e fui muito feliz. Redescobri minha criança ao ser convidada para trabalhar com as crianças na Igreja e vi que até mesmo os pequenos podem ensinar muito sobre a vida. Rezei, agradeci e pedi. Tive minha fé a prova, mas nunca deixei Deus se afastar, na verdade, não me permiti ficar longe Dele.
Briguei com gente que não queria e com gente que merecia. Finalmente me livrei de males que vieram para o mal. Fiquei sem emprego, arrumei um estágio e, finalmente, fui chamada pelo concurso público. Tive minha mãe ao meu lado quando eu mais precisava, em silêncio, de um cafuné ou um beijo na testa para me confortar.
Ganhei novos amigos, briguei com velhos e talvez eu não fale mais em 2015 com muita gente. Mas meu 2014 eu tenho muito a agradecer. Saúde, paz, tranquilidade e até mesmo as turbulências que servem para crescimento. Obrigada, 2014, pelas oportunidades que me proporcionou e 2015, pode vir quente que eu estou fervendo. E tenho metas à cumprir.
Vamos caminhar juntos. E para você, cara leitora ─ ou leitor ─ desejo um 2015 repleto de saúde e nada de recalque. Aos meus amigos e familiares, o mesmo e que vocês possam me aturar mais um pouco neste novo ano que irá nascer às 00:00. Venha, 2015, e vá 2014 para ficar na memória!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014


Hoje eu fiquei realmente muito indignada, para não dizer que fiquei puta da vida. Eu saí com a minha mãe hoje, fomos distrair um pouco a mente e passear, na hora de voltar pegamos uma lotação que o destino final é perto de nossa casa. O motorista, para começar, estava encarregado de informar uma senhora, que estava com a filha, onde era o ponto para descer na Igreja Velha da Penha só que não avisou, e a mulher desceu um ponto depois ─ o que quer dizer que ela teve que andar, pelo menos, dez minutos debaixo de um sol forte para chegar onde queria. No mesmo ponto em que essa mulher desceu, subiu um casal de senhores idosos, uma mulher e um homem bem velhinhos, que passaram o bilhete porém, só rodaram a catraca porque iriam descer pela frente ─ direito deles ─ e se sentaram no banco reservado PARA ELES. O motorista não gostou e mandou que o casal se levantasse e passasse para trás, porque se entrasse uma mulher com criança ou grávida não poderia sentar. Mas, o banco reservado é para IDOSOS, MULHERES COM CRIANÇAS DE COLO, GRÁVIDAS, PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E OBESOS.
Ora, se o banco é para idosos também, por que o casal não poderia ficar sentado ali? Eram obrigados a passar a catraca, sendo que o senhor não estava bem? O motorista foi reclamando até a Amador Bueno da Veiga, próximo ao Fórum Trabalhista, onde o casal ─ incomodado com a situação ─ resolveu descer para pegar outra lotação que estava lotada e o motorista apenas riu. Mas isso não foi a única coisa que me incomodou. Foi o descaso e falta de respeito, porque uma mulher (toda arrumada e "gostosa") que é amiga dele estava conversando com ele e pode passar o cartão, girar a catraca e descer pela frente, SEM NENHUM PITI POR PARTE DO MOTORISTA. Então eu me pergunto se esse motorista acha que não vai envelhecer. Será que ele não tem uma pessoa idosa que utiliza transporte público e NÃO PODE passar a catraca por N motivos? Me arrependo por não ter falado nada, de ter me calado na hora e deixado que essas pessoas ─ senhores e senhoras ─ que dependem de nós, jovens, para terem uma boa saúde, bom deslocamento, sofressem uma humilhação.
Todos vamos envelhecer um dia, e todos iremos precisar do transporta público um dia. Vamos respeitar esse direito que é meu, seu, e de todos. Porque esse tipo de coisa? Eu não quero que aconteça com a minha mãe, meu pai, meu avô, minhas tias... Com o vizinho ou um desconhecido. Porque esse motorista sem educação ou respeito, não vai sofrer uma única consequência por seu ato e amanhã pode humilhar você ou seus pais.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Olá amiguinhas! Quanto tempo, tipo, dois meses sem escrever. Que sacrilégio :x Mas tenho um bom motivo para isso ou não! As coisas na faculdade ficaram meio punks e eu sem tempo para postar aqui, e comecei a trabalhar num regime de oito horas + uma hora de almoço, então, estava difícil. Minhas férias começaram no começo de dezembro, meu trabalho continua firme e forte, but, a criatividade foi-se para Nárnia. :( Só que eu voltei! *-* Porque hoje conversei com a minha melhor amiga e tive que começar a escrever um desabafo que fiz para ela enquanto a gente conversava. Bem, essa minha amiga está gravilinda grávida e linda e vai casar em fevereiro. E eu resolvi colocar um pouco do que conversei com ela, porque minha vida amorosa está mais parada que água de piscina em São Paulo. Bom, pretendo escrever mais para vocês agora, em 2015. Então, ajudem a divulgar o blog, o face, a marmota oi? e vamos começar o novo ano com tudo! Porque quem faz 2015 nos surpreender, somos nós mesmos porque Deus não vai resolver sua vida, fofa. Então, olá de novo! ;)

"Aos 20 sou bem mais madura do que aos 18, porque me arrependo de muita coisa que fiz naquela idade". Bom, quem nunca disse isso, atire a primeira pedra. Não precisa ser aos vinte, pode ser trinta, trinta e cinco, quarenta, não sei. Mas, chega um momento da vida que você realmente fala "poxa, hoje sou mais do que ontem" e essa foi a pauta de um fim de conversa com uma amiga, hoje. Como cometemos erros e erros tão bobos, mesmo que você já se encontre no dilema "estou num momento da vida em que meus amigos ou estão casando e tendo filhos, ou estão bêbados, e eu, não estou em nenhum desses casos".
Aos 12 anos conheci um garoto que, na época, era um verdadeiro pé no saco, o nome dele era Paulo*. Nos conhecemos porque eu era ─ e ainda sou ─ fã de Harry Potter e levei meu álbum de figurinhas quase completo de Harry Potter e o Cálice de Fogo para a escola, e ele viu. Começamos a conversar e ele foi se aproximando de mim, dos meus amigos e posso dizer que, se fosse hoje, ele era um verdadeiro stalker. Depois de muito insistir, quase um ano inteiro, "ficamos" ─ andávamos de mãos dadas e era só. Mas ele parecia um chiclete e eu não gostava daquilo, porque queria ter o meu recreio ao lado dos meus amigos e ele fez questão de se infiltrar na minha roda de amigos. Resultado, pedi um tempo. Passamos quatro anos nessa de terminar e voltar, terminar e voltar, mas fui começando a realmente gostar dele até que, em 2010, voltamos de verdade e tive meu primeiro beijo ─ é, eu tinha 16 anos e nunca tinha beijado mesmo. Mas, em abril de 2011, veio o balde de água fria quando ele pediu um tempo. Não chorei, nem nada, mas fiquei em estado de choque e em 2012, quase um ano depois, resolvi que era hora de falar com ele e então eu descobri que ele não queria mais nada mesmo.
Confesso que fiquei um pouco mal, mas então eu comecei a conversar com o Vitor*. Eu já o conhecia do ensino médio ao a caso. Conversávamos sobre música, música e, olha só, música. Às vezes falávamos mal do time um do outro ─ times clássicos nunca se bicam muito ─ e conversa vai, papo vem, acabei falando que, talvez, estivesse gostando dele e começamos a ficar. O problema é que acabamos fazendo a maior besteira e hoje, falo mesmo, me arrependo de muita coisa, principalmente de ter falado que gostava dele e estragado o que poderia ser uma boa amizade. Isso foi em 2013. Esse ano, em 2014, ele ressurgiu na minha vida como uma fênix ou um zumbi mesmo dizendo que sentia minha falta.

Só que, poxa, não tenho mais 18 anos e minha mentalidade não é mais da mesma garotinha burra e idiota. Eu até daria mais uma chance, afinal, vamos lá coração, talvez valha a pena. Mas ainda bem que meu cérebro é melhor que meu coração e me alertou.
Sem compromisso sério? De novo? Entendam, por mais que eu faça História, ainda sou meio recatada e gosto das coisas certas. Não gosto de ficar por ficar e não é que eu espere o Príncipe Encantado, como o Vitor falou para mim quando disse que eu queria alguém que fosse realmente bom para mim, porque Príncipe Encantado é um cara inalcançável que aparece na história da Cinderela ou que a novelinha da emissora mais popular do ramo implanta em nossas cabeças com um seriado de 20 anos que conta a mesma história, com personagens diferentes. Apenas quero alguém que não queira só diversão ou que não use o famoso "vamos dar um tempo para você se organizar" para dizer "não quero mais você".
Hoje, aos 20 anos, tenho mais cabeça do que eu tinha há dois anos e, puxa, como mudei. Não reclamo de ser solteira, de estar solteira. Posso sair sem dar satisfação para mais ninguém além da minha mãe e meu pai, porque ainda moro debaixo do teto deles. Eu assisto filmes sozinha, visito minhas amigas e não tenho um cara chorão porque o time dele perdeu, ou porque quero ficar com as minhas amigas. Na verdade, acho que isso faz parte do processo "crescer e amadurecer". Não quero mais alguém por pura diversão. Quero alguém que tenha a coragem de me pedir em namoro, que aguente minha TPM porque eu choro por tudo nesse período e que seja corajoso o suficiente para encarar uma família mega protetora.
Mas, acima de tudo, eu quero me amar primeiro para depois deixar as pessoas me amarem. Hoje, aos 20 anos, me arrependo das burradas que fiz aos 18/19 anos, mas hoje, nessa idade, também aprendi a me amar mais e aceitar que as coisas, bem, elas vêm ao seu tempo. Uma de cada vez.


* Os nomes citados foram alterados por questões vergonhosas de proteção e evitar violação de direitos dos indivíduos continuarem anônimos à todos!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Hoje é o dia da profissão mais importante que existe, na minha opinião. Médicos, farmacêuticos, administradores, lojistas... Todas essas profissões são importantes, mas nenhuma delas existiria se não fosse por uma que a base de toda a sociedade? Já parou para pensar o que seria do médico se ele não tivesse um professor que lhe ensinasse a anatomia do corpo ou o que seria do administrador se não houvesse quem lhe ensina sobre os complicados cálculos? No Japão, o professor é a única pessoa que não precisa se curvar ao Imperador, tamanha a sua importância. E hoje eu só posso homenagear os meus queridos mestres. Os que deram aula para mim desde o jardim de infância até os que me acompanham, hoje, na faculdade de História ─ licenciatura. Só posso dizer que se não fossem esses profissionais que muitas vezes chegam desmotivados na sala, mas que não se deixam abater pelo único motivo de querer fazer a diferença na vida de uma criança. Em um país onde professor leva tiro de borracha ─ e não venha dizer que não machuca ─ quando está procurando um salário digno e segurança em sala de aula, num país onde o professor é ameaçado pelo próprio aluno pelo simples fato de aplicar uma prova... Ser professor e ver que um aluno seu está se formando e você fez parte dessa história, dessa conquista, não deve haver sentimento ou sensação melhor. Por isso venho agradecer a todos os meus professores pelo que eu sou hoje em questão de dedicação aos estudos. Obrigada, professora Bia, do jardim de infância, por ter me ensinado as cores e a dividir o material escolar; obrigada professora Eliane, do pré-escolar em São José dos Campos, por despertar o fascínio pela poesia desde os 6 anos; obrigada as professoras Rute, Aline, Eunice e Sueli, que me acompanharam durante o Fundamental I, ensinando os números, o incrível mundo da ciência e dos desenhos; obrigada professora Ellen Piazzon, Valéria, Adilson, Edson, Nivaldo, Regina e Isabel, pelos incríveis anos de aprendizagem no Fundamental II, cada um com sua matéria e ensinando a importância de cada uma. Obrigada professor Demetrius, professor Edmilson, professora Margareth, Évora, Deise, Sandra, Flávio, Fernanda, Wilson e tantos outros que incentivaram tanto o vestibular no Ensino médio com puxões de orelha, explicando várias vezes a mesma coisa... Não posso esquecer das minhas queridas, e criativas, professoras da ETEC Tiquatira, Neli Mileto, Lu Barros, Yoko Mizu, Renata, Kátia Stefan, Thais Sauer, Lillian, Helen, Ligia, Neide, professor Toshio, Michelle, foram 18 meses fixando que sim, eu gosto de moda e no futuro, quem sabe, eu volte para esse ramo, as lições que ganhei com vocês, de vocês, estarão sempre marcadas. Se não fosse por todos vocês, nessa extensa lista, talvez hoje eu não estivesse dentro de uma universidade estudando para não ser mais alunas, mas sim professora e transmitir tudo o que eu aprendi e estou aprendendo para jovens que foram como eu, há cinco anos atrás ─ pra mais. Ah, e em particular, quero deixar os meus parabéns para os meus familiares que se arriscaram nessa profissão gratificante: meu irmão, Willian Alves (educação física); minha cunhada, Fabiana Vigarani (professora de informática); e minhas primas Elisangela Silva e Renata Santos, que tenho plena certeza que são ótimas professoras e queridas. Sem vocês, nenhuma profissão seria possível e não existiria chance de Brasil.
Obrigada e parabéns pelo dia de vocês! Deixo registrado que meu carinho por cada um, é o mesmo que o Harry tem pela professora Minerva McGonagall e do Sheldon pelo professor Proton, de The Big Bang Theory! Parabéns!

Se a sozinha educação não pode transformar a sociedade,
tampouco sem ela a sociedade muda. ─ Paulo Freire

segunda-feira, 29 de setembro de 2014


"O que dizer sobre essa pessoinha que acabei de conhecer e já considero pakas?!!" ou "Se você não enviar essa mensagem para dez amigos, a Samara vai puxar seu pé durante a noite". E as Pérolas do Orkut? Uau, quanta coisa aconteceu nos 10 anos de Orkut, a rede social que mais fez sucesso no Brasil antes do (nem tão estimado por mim) Facebook. Emoticons, correntes, depoimentos, barracos via scraps e indiretas pelo "Qual é a frase do seu dia?", fotos exageradas nos álbuns e no perfil, comunidades que revelavam tudo sobre a gente ─ principalmente "Eu ODEIO acordar cedo" com a foto do Garfield sonolento ou "Eu AMO chocolate". Orkut era a melhor rede que existia! A graça era lotar perfil, porque você só poderia adicionar até 1000 pessoas e então ia lá, fazia outro perfil e assim por diante. A pessoa era popular por ter mais recados, ou então o perfil mais enfeitado com o nick mais feio (desculpe a sinceridade)!
Ah, o orkut...! Com todas as formas idiotas de se escrever, suas correntes e seus depoimentos, ora legais e oras besta ─ "mande este coração ♥ para as pessoas que mais ama" e você mandava para todos ─ e também dava para bloquear a pessoa, deixar seus recados visíveis apenas ao destinatário.
Existiam os fakes ─ tive minha Mione Black por oito anos ─ e toda a disputa de "pop". As pessoas não usavam Instagram e nem Retrica, não eram amarelas ─ pior, eram azuis ─ e você ria de tudo! Ninguém se preocupava em tirar foto das unhas, do cabelo novo ou do iPhone, porque quase ninguém tinha iPhone. Não tinha problema colocar foto de desenho.
Sei que o texto hoje é pequeno, mas é só para deixar minha saudosidade ao Orkut que chegará ao seu fim amanhã, dia 30 de setembro de 2014. O Orkut deixará muitos órfãos, que serão adotados pelo (noujento) Facebook, mas posso dizer com toda a certeza que terei sempre boas lembranças da bolinha rosa (er, pegou mal isso...). R.I.P. Orkut!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Príncipe encantado?!
Não é de hoje que a Disney é conhecida por "A Branca de Neve e os Sete Anões", "Cinderela" e "A Bela Adormecida". Mas o que esses três filmes e contos infantis têm em comum? Princesas sonsas que esperam pelo Príncipe Encantado, que vai derrotar a bruxa má ou o dragão, para se casarem no dia seguinte com ele. Mas existem algumas princesas, e não princesas, da própria Disney que já saíram desse paradigma há tempos.
Começando por Bela, de A Bela e a Fera. Bela era a moça "esquisita" do vilarejo e não estava preocupada em encontrar o príncipe encantado, muito pelo contrário, ela estava preocupada demais lendo e cuidando de seu pai, um inventor bem maluco, rejeitou o pedido de casamento da Gaston, o solteiro mais cobiçado, muito embora seja um ogro desmedido. E então, quando o pai é sequestrado, Bela vai atrás e se coloca no lugar. Onde que Cinderela faria isso, minha gente? u_ú Ela não está procurando o amor verdadeiro, pelo contrário, está procurando ajudar ao pai. Ela não fica querendo casar com a Fera não! Mas ela acaba se apaixonando, aos poucos, pelo lado que a Fera tanto escondia. Ela é um exemplo de princesa (embora ela só se torne princesa mesmo no final): se apaixona aos poucos pela Fera e só se casa depois de o conhece-lo bem.
Honra a todos nós.
Depois temos a Mulan, minha querida Mulan. Não é princesa, mas é considerada uma pelos fãs da Disney. Mulan é mais um caso de menina que não se encaixa na sociedade. Foi criada em uma fazendo, ajudando em todas as tarefas pesadas e nunca se deixou abater, até que se vê na idade de arrumar um marido. Na China antiga, onde se passa a história da nossa guerreira, as mulheres serviam apenas para cuidar da casa e dos filhos. Mas então a China se vê sendo atacada pelos hunos, um povo considerado bárbaro e cruel, e convoca o chefe de cada família. Tendo fracassado na missão de arrumar um marido bom, Mulan vai para a guerra no lugar do pai, roubando a armadura e a convocação para guerra ( :O ). Ela consegue se disfarçar por um tempo como homem, até que é ferida gravemente e a máscara caí. Ela se apaixona pelo general, claro, mas até em tão é algo a parte. No fim, Mulan salva o Imperador e toda a China, e ganha um marido que ela nem ao menos estava procurando.
Vou trabalhar mais e cavar mais fundo!
Avançando um pouco no tempo, temos a esforçada e batalhadora Tiana, de A Princesa e o Sapo. Tiana é uma moça batalhadora e sonha em abrir o próprio restaurante, que era o sonho do pai ─ que morreu :(. Ela nunca tem tempo para se divertir ou sair com os amigos, porque trabalha dia e noite para conseguir o que quer. Com a vida do príncipe Naveen, a melhor amiga de Tiana, Charlotte, decide pagar o que for preciso para conquistar o príncipe pelo estômago e, tchan!, Tiana consegue o dinheiro para abrir o restaurante. Em uma das cenas ─ cantadas ─ ela chega a falar para a mãe que casar está em segundo plano! Tiana pega as chaves do local onde ficará o restaurante e tudo mais, mas na noite em que o Príncipe será recepcionado, ela descobre que vai ter que esperar mais porque seu dinheiro é pouco para poder alugar o local. E então tudo acontece nessa hora: derrubando a mesa dos doces, sem querer, Tiana se suja e vai para o quarto de Lotte para se trocar, colocando um vestido de princesa. Naveen, o príncipe da Maldonia que virou um sapo verde e gosmento, acha que ela realmente é uma princesa e pede um beijo, para voltar a ser humano, mas o feitiço dá errado e a nossa amada Tiana vira um sapo também, embarcando na mais louca aventura para virar humana novamente. No fim, Tiana se casa com Naveen, ainda como sapos, e voltam ao normal no momento do beijo, depois, consegue abrir seu restaurante! Além de mostrar o lado batalhador, foi a primeira princesa negra da Disney!
Casar? Para quê?!
Na linha da Disney & Pixar, temos Merida, de Valente, uma ruiva de cabelos desgrenhados, sendo a filha mais velha do rei Fergus e da rainha Elinnor. Como a primogênita e herdeira do trono, Merida tem que se casar com um dos filhos dos chefes de clãs do reino. O problema é que Merida não quer se casar e briga com a mãe por conta do assunto, nisso, acaba procurando a bruxa das luzes mágicas que lhe entrega uma poção que transforma a mãe de Merida em uma ursa gigantesca. Antes disso, Merida desafia a mãe, participando dos jogos que elegeria o campeão que teria sua mão para casamento e, bem, ela mesma ganha. No fim, é o amor de Merida pela mãe e a vontade de reatar os laços com ela que transforma a mãe em humana novamente e a ruivinha consegue o que queria: ser livre e solteira!
Você quer brincar na neve?
E agora chegamos na fase que mais tem dado o que falar. Tudo bem que Merida é da Disney, mas pertence à Pixar também. Agora, a Disney tem mudado totalmente o conceito de amor verdadeiro e os beijos qu despertam suas indefesas e frágeis princesas como A Branca de Neve e a Bela Adormecida. Ano passado, em novembro, a Disney lançou nos Estados Unidos o filme Frozen ─ que chegou as telas dos cinemas brasileiros somente em janeiro de 2014 ─, que conta a história das irmãs Elsa e Anna, princesas de Arendelle. Elsa possui um poder lindo e perigoso que durante a infância compartilhou com Anna, sua irmã caçula. Infelizmente, Elsa acabou acertando a irmã com um feitiço e acabou se fechando para o mundo. Na adolescência, o rei e a rainha morrem em um trágico acidente no mar e Elsa se torna a herdeira do trono. Anna faz de tudo para que a irmã fale com ela novamente, mas Elsa se recusa com medo de machucar a irmã.
Não pode se casar com alguém que
acabou de conhecer...
Alguns anos se passam e o dia da coroação de Elsa chega. As irmãs discutem porque Anna quer se casar com um príncipe que acabou de conhecer e Elsa, como irmã mais velha, se recusa a dar a benção para a irmã, alegando que é impossível amar alguém a primeira vista, o que leva as irmãs a uma triste discussão onde Elsa acaba revelando seus poderes. Assustada, Elsa se retira para um lugar isolado, só que deixa Arendelle em um inverno rigoroso e sem fim. Anna, acreditando ser capaz de convencer a irmã a voltar e acabar com o inverno, parte atrás de Elsa. Quando chega lá, discutem novamente e Elsa diz que é perigosa demais. No calor da discussão, Elsa acerta Anna no coração; o problema é que o coração não pode ser modificado, retirado o feitiço, e Anna tem pouco tempo de vida, exceto se receber um ato de amor verdadeiro ─ veja bem, ato de amor verdadeiro ─ e acreditando que o príncipe poderia quebrar o feitiço, Anna volta para o reino enquanto Elsa é presa e condenada por ser um perigo ( :( ). O problema é o que príncipe é um picareta que só quer saber da coroa e deixa Anna para morrer e condena Elsa, para poder, assim, ficar com a coroa! Anna descobre que ama, na verdade, Kristoff e com a ajuda de Olaf, um boneco de neve encantado, vai atrás de seu amor verdadeiro. Infelizmente, Anna vira uma estátua de gelo, para desespero de Elsa que quase foi morta pelo príncipe se não fosse pela irmã caçula. Arrependida, Elsa chora ao lado da irmã dizendo que nunca teve a chance de dizer o quanto a amava. Aos poucos, o gelo vai derretendo e Anna volta a vida. Ela não precisava de um beijo de amor verdadeiro, e sim um ato de amor verdadeiro. Que veio dela mesma, ao proteger a irmã tão amada! Depois, Elsa quebra o feitiço, Arendelle volta ao seu auge florido e gostoso, Anna fica com Kristoff e Olaf finalmente conhece o verão graças a uma nuvem de neve que paira sobre ele.

Um ato de amor verdadeiro. <3

Agora, nas férias desse ano, a Disney surpreendeu novamente! Maleficent, ou Malévola, conta a história da Bela Adormecida, mas de um jeito diferente. Malévola nem sempre foi má, na verdade, era a fada protetora da floresta, mas foi traída pelo amor de sua vida (safado, filho da pu**) que arrancou-lhe as asas e ainda contou para todos que somente ferro poderia queimar uma fada só para se tornar rei. Traída e com muito ódio, Malévola passa a acompanhar os passos do ex-amor e, quando descobre que o rei se tornou pai, vai visitar a princesa sem ser chamada e lança a maldição tão conhecida por todo o mundo.

No seu 16º aniversário, a princesa espetará o dedo numa roca e dormirá para sempre!
E ninguém poderá desfazer essa maldição.
Com medo, o rei manda sua filha para o meio da floresta com três fadas idiotas (porque elas são desmioladas e não tem como negar isso) incumbidas de proteger a princesa a todo custo. O problema é que elas são atrapalhadas e não sabem cuidar de criança! Malévola, então, começa a ajudar a cuidar da menina para que ela chegue viva até os 16 anos e nega veemente que gosta da garota, chamando-a de praga. A malvadona salva Aurora de cair do penhasco aos dois/três anos de idade. Quanto a Aurora, ela acredita que sua verdadeira madrinha é Malévola, que desde pequena a protege. Com isso, ambas criam um laço forte e Malévola acaba aceitando o título de madrinha da Aurora, chegando ao ponto de tentar retirar a maldição. Só que infelizmente, não é possível, e conta para Aurora que quem lançou a maldição foi ela mesma, o que leva nossa loirinha a ficar magoada com a madrinha e a fugir para o castelo, ciente de sua maldição. Malévola, então, decide levar o príncipe ─ porque Aurora conheceu um príncipe ─ até o palácio para que ele quebrasse a maldição e Aurora voltasse a vida, porque uma das fadas deu, como presente, uma salvação para a princesa indefesa.
Princess Aurora: Fairy-Godmother?
Maleficent: Beastie.
Quando chega ao castelo, Malévola faz de tudo para o príncipe chegar até Aurora, mas na hora que o rapaz a beija, xiiiii, nada aconteceu. Malévola, desolada, vai ao encontro da garota e a abraça, chorando, dizendo o quanto sente por tudo o que aconteceu. E dá um beijo na testa da jovem. Nesse momento, Aurora acorda. Um beijo de amor verdadeiro, como fora dito pela fada dezesseis anos antes. Depois disso, que Aurora vê que foi Malévola quem a despertou, acontece muita coisa: o rei decide matar Malévola a todo custo, mandando seus soldados construírem rede de ferro para aprisioná-la. Malévola transforma seu servo em um dragão ─ pois é, aquela história de 1959 em que a bruxa má se torna o dragão mudou! ─ e luta com todas as forças contra o rei até que, wow, suas asas arrancadas voltam graças a esperta Aurora que as encontrou guardadas. Claro que o rei morre, mas Aurora vai morar na floresta encantada com sua legítima madrinha, que voltou a ser a protetora da floresta e tudo voltou ao habitual.
Não posso negar que estou gostando dessa nova fase da Disney, em mostrar que o amor verdadeiro não está somente no "príncipe encantado", mas também nas pessoas próximas que nos amam, como a relação fraterna entre Elsa e Anna, o carinho que Malévola adquire por Aurora ao longo de todo o filme, ou Brave onde Merida quer viver sem ter que se casar. Há vários outros filmes, como Rapunzel no qual Rapunzel quer conhecer as lanternas flutuantes e Flynn apenas quer se dar bem, sem nenhum compromisso, mesmo que ambos se apaixonem no fim, afinal, Rapunzel não esperava o príncipe.
Estava na hora das garotas, as crianças, entenderem que não existe o príncipe encantado e que sim, o amor verdadeiro vem de qualquer pessoa (mãe, pai, irmão...). É um novo jeito de falar com as garotas que, poxa, vai curtir, vai ser feliz! Não fique esperando o príncipe chegar no cavalo branco! Mostra que, às vezes, pessoas nos machucam com atitudes. Então, seja bem vinda a nova fase da Disney e que mais filmes como Frozen e Maleficent sejam feitos!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Esse é o meu primeiro post e quero falar sobre uma coisa que tem chamado minha atenção de uns tempos para cá.

Desde que comecei meu estágio e voltei a enfrentar o metrô de São Paulo à 7:30 da manhã percebi uma coisa: não adianta viver nervoso ou estressado. Cada vez mais eu vejo pessoas estressadas e xingando o outro no metrô lotado e para mim isso é uma violência verbal, e das grandes. Todo paulistano acorda às 5 da manhã, ou até mais cedo, para entrar no trabalho às 7 ou 8 horas da manhã, no meu caso de estagiária eu entro às 9hrs, mas é na zona sul, longe de onde moro. O metrô é um horror, porque nenhum político se importa com ele ─ seja o Prefeito ou o Governado ─ ou melhor, nenhum governante se importa com a população. Vamos trabalhar amassados, doloridos ─ esses dias mesmo eu estava quase dobrando minha coluna sobre o ferro de apoio porque não tinha como eu fazer uma viagem de metrô em uma pose certa.
Ninguém têm consciência de nada. Hoje uma mulher só faltou bater na outra porque não conseguia segurar na barra, dizendo como se a moça que não a estivesse deixando segurar, só que não tinha como a moça dar lugar. Depois, uma moça acertou meu queixo sem querer. Eu poderia ter xingado, falado que não desculpava coisa nenhuma (ué, estou no meu direito de fazer uma viagem sem agressão), mas dei de ombros e apenas respondi "sem problemas", porque realmente não teve problema nenhum: ela não conseguia se mexer sem esbarrar em mim, eu não conseguia mexer os pés sem pisar no pé dela. Sábado mesmo, quando eu voltava da faculdade no metrô Belém, linha vermelha, uma moça me empurrou (isso mesmo, colocou a mão nas minhas costas e me deu um belo empurrão) só para entrar no metrô. Ela não queria nem saber se eu ia esbarrar na senhora que estava a minha frente, ou se ia prender o pé no vão.
Sei que os políticos não investem no transporte público, afinal, só faixa exclusiva de ônibus e ciclofaixa não vai resolver o problema de São Paulo, mas as pessoas estão perdendo o senso de coletividade. Jovens sentam em bancos preferenciais e não dão lugar para quem realmente precisa utilizá-los; as pessoas que estão sentadas não se oferecem para levar as bolsas ou mochilas (mesmo que não seja obrigação, mas é gentileza); xingam se você esbarra nelas sem querer e nem querem saber ou te xingam até quando elas próprias estão erradas! E tudo isso quando estão indo trabalhar ainda. Quando é para voltar para casa, depois de 8 ou 9 horas de trabalho, com uma hora de descanso e quase sem poder ir ao banheiro, levantar para esticar as pernas, ou sentar descansar as mesmas, são ainda mais selvagens.
As pessoas estão ficando cada vez mais infelizes, e com isso descontam todas as frustrações em outras pessoas, que estão tão estressadas quanto. Se preocupam em ganhar dinheiro e mais dinheiro, se esquecem que dinheiro não é tudo. Precisamos dele, infelizmente, para nos vestir, nos alimentar, nos proporcionar, quem sabe, um dia ou algumas horinhas, de lazer que vão acabar estressando do mesmo jeito, porque você não vai ter paciência de esperar em uma fila para comprar pipoca para o cinema, ou comprar o ingresso do cinema, nem paciência para alugar uma bike no Ibirapuera aos domingos.
"Mas, Tish, por que você está dizendo tudo isso?!"
Eu decidi que não vou mais me estressar pelas manhãs quando for empurrada para entrar no metrô ou no trem da CPTM. Não vou me importar mais com os pisões e nem com a hora, sei que consigo chegar a tempo e que meu tênis vai proteger meus dedos. Decidi que vou ignorar se me xingarem. E se eu quase for dobrada, sem problemas, a dor não vai deixar eu dormir e passar da estação em que tenho que descer. Viver em São Paulo está ficando cada vez mais difícil. O Governador não liga se vamos trabalhar pela manhã que nem sardinhas enlatadas ─ ele sai de Higienópolis com a comitiva dele protegendo e abrindo caminho ─ e o Prefeito também não liga se não tem ônibus suficiente para tudo isso de gente ─ ele chega de helicóptero na Prefeitura. Eu vou fazer minha parte: em outubro, votarei de consciência limpa, porque vou analisar os candidatos; vou levar meu livro para me distrair na ida e na volta; escutarei "Shake it off" da Taylor Swift enquanto alguém me xinga no metrô. Vou dar "bom dia" para o senhor que fica do outro lado da rua e, quando atravesso, está sentado na cadeira observando o movimento e sorri para mim. Darei "bom dia", mesmo que ninguém seja feliz às 8 da manhã.
Seu quero e eu vou ser feliz, porque esse é o jeito de sobreviver a selva de pedra chamada São Paulo.